Por mais que a natureza lute (de forma espetacular) para sobreviver e salvar o planeta Terra, o homem se mantém alheio à destruição que causa. Isso está comprovado no novo estudo publicado na revista ‘Nature’ deste mês de dezembro por cientistas da conceituada Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos.
A publicação revela que, nos últimos 18 anos, as plantas se adaptaram para consumir mais gás carbônico e limpar mais a atmosfera, mas nós, seres humanos, passamos a produzir ainda mais CO2 nesse mesmo período. O gás carbônico fica muito mais tempo na atmosfera do que os outros gases que causam o efeito estufa e é o foco dos esforços de redução de emissões em diversos países e pela ONU, que recentemente planejou novos acordos climáticos no evento COP26.
Vamos aos dados que foram divulgados: as plantas das florestas do planeta aumentaram sua capacidade de realizar a fotossíntese em 12%, no período entre 1982 e 2020. O problema é que a humanidade ampliou em 17% a emissão de CO2 nesse mesmo período. Com isso, todo o aumento de fotossíntese que as maravilhas do mundo verde se adaptaram para fazer, não adiantou nada para conter o aquecimento global. O homem continua produzindo cada vez mais gás do que a vida vegetal da Terra consegue compensar.
Daí a importância dos programas que desenvolvemos no Instituto Melhores Dias (www.melhoresdias.org.br) para conscientizar alunos de escolas públicas e comunidades brasileiras sobre a importância da sustentabilidade, da preservação do meio ambiente, das matas e florestas, além da redução do consumo desenfreado e da produção de lixo.
Entre em nosso site, conheça nossas iniciativas, reflita e ajude o nosso mundo a sobreviver.
Se algo ou alguém merece um presente de Boas Festas, são as plantas das nossas florestas, que estão fazendo o máximo para melhorar a atual situação. O que podemos fazer por elas é respeitá-las, lutar para que sejam preservadas e parar de atrapalhar esse serviço maravilhoso que elas estão prestando e que o estudo revelou. Essa é a melhor mensagem para este final de ano!
Sobre o estudo: Os pesquisadores utilizaram modelos computadorizados de biosfera simulada e uma equipe internacional construiu 500 minitorres meteorológicas em diversas florestas ao redor do mundo para medir a capacidade de fotossíntese e dispersão de CO2. Além disso, foram utilizadas informações de bases públicas e imagens de satélites ajudaram a complementar a coleta de dados para o estudo. A pesquisa contou, ainda, com apoio da NASA e do Escritório de Ciência do Departamento de Energia (DOE) dos EUA.
Artigo de Joyce Capelli, Presidente do Instituto Melhores Dias