Divulgado no final de março, um estudo realizado pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais, mais de um quarto das crianças e adolescentes brasileiros (27,4%) apresentam colesterol alto e 19,2%, praticamente 1 em cada 5, possui alteração no “colesterol ruim”, o LDL. Foram seguidos os parâmetros da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Isso é assustador e alarmante.
Essa mesma pesquisa aponta que o alto consumo de alimentos ultraprocessados, falta da prática de atividades físicas e excesso de tempo de uso de eletrônicos são intensificadores do aumento de colesterol.
Oferecer a todas as crianças uma melhor alimentação, com produtos mais naturais e saudáveis, além de melhores hábitos de vida, com a prática de atividades físicas é de suma importância para que a nova geração de brasileiros desenvolva plenamente todas as suas capacidades físicas e intelectuais.
O Instituto Melhores Dias, que presido, defende isso e desenvolve programas sociais nesse sentido desde os anos 1990, quando deu início às suas atividades.
Foram analisados 800 artigos e selecionados 47, totalizando uma amostra de 62.530 voluntários, entre 2 e 19 anos, que cobrem todas as regiões brasileiras. O trabalho é de autoria do aluno de pós-doutorado do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFMG, Thales Philipe Rodrigues da Silva, das professoras Camila Kümmel Duarte, Larissa Loures Mendes, Fernanda Penido Matozinhos e da nutricionista, também da UFMG, Virgínia Maria Jorge Barreto.